A faringite é caracterizada pela inflamação da garganta, frequentemente desencadeada por vírus, embora também possa resultar de bactérias. Essa inflamação pode ocorrer em associação com resfriados, gripes, mononucleose ou infecções estreptocócicas, bem como em algumas doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia.
É uma das principais razões para consultas na Clínica Geral. Embora sua origem seja predominantemente infecciosa, apenas cerca de 20% dos casos necessitam de tratamento com antibióticos, como é o caso das faringites estreptocócicas.
– Sintomas: Os sintomas são semelhantes em faringites virais e bacterianas, incluindo dor de garganta e dificuldade ao engolir. A mucosa da garganta pode ficar infectada, coberta por uma membrana branca ou pus. Fevere e inflamação dos gânglios linfáticos no pescoço também são comuns. As faringites podem evoluir para complicações, como otite, sinusite ou formação de abscesso ao redor das amígdalas.
– Causas: A condição resulta da inflamação e inchaço da parte posterior da garganta (faringe), localizada entre as amígdalas e a laringe. A maioria dos casos é causada por infecções virais, como os vírus respiratórios ou o vírus da mononucleose. Bactérias, como os Streptococcus, ou aquelas associadas a doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia, também podem desencadear faringite.
É mais comum durante os meses frios, sendo contagiosa dentro de ambientes familiares e entre pessoas próximas. A transmissão ocorre frequentemente pelo contato das mãos com secreções nasais infectadas, com os sintomas surgindo após um breve período de incubação de um a três dias.
– Diagnóstico: O diagnóstico da faringite muitas vezes pode ser realizado por meio do exame médico. Em alguns casos, a coleta de material da garganta é recomendada para identificação da origem da infecção. Exames de sangue também podem ser solicitados, revelando, por exemplo, uma contagem elevada de glóbulos brancos indicativa de processo inflamatório ou infeccioso.
– Tratamento: Os sintomas podem ser aliviados com o uso de analgésicos, pastilhas para garganta ou gargarejos com água morna e sal. Em crianças e adolescentes menores de 18 anos, a administração de aspirina deve ser evitada devido ao risco da síndrome de Reye, uma condição grave e potencialmente fatal que afeta o cérebro e o fígado.
– Antibióticos: Não são indicados se a infecção for viral. Se a causa for uma infecção bacteriana, o tratamento é feito com antibióticos.
– Prevenção: Os microrganismos virais e bacterianos responsáveis pela faringite são altamente contagiosos. Assim, a prevenção eficaz envolve práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente, evitar compartilhar alimentos, copos ou talheres, e adotar medidas como tossir ou espirrar em lenços descartáveis. Outras precauções incluem o uso de soluções alcoólicas para higienização das mãos, evitar tocar em superfícies públicas, limpar regularmente dispositivos eletrônicos e manter distância de pessoas doentes.